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Mostrando postagens de julho, 2019

Segunda temporada de "Big Little Lies" não acrescenta nada à trama e nem precisaria existir

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Divulgação/HBO Pensada inicialmente como uma minissérie, "Big Little Lies" bombou no Emmy 2017 e, depois, no Globo de Ouro do ano seguinte. Os prêmios vieram especialmente por conta do elenco de peso, mas é inegável que a produção conquistou um público cativo. O sucesso mudou os planos dos criadores e produtores executivos, que passaram a desenvolver uma continuidade para a atração, que deixou de ser uma série com data para acabar e se transformou em uma possibilidade de entretenimento mais duradouro. Analisando os sete episódios apresentados na segunda temporada, é possível perceber que essa não foi uma boa escolha. Todos os (poucos) acontecimentos de "Big Little Lies" são desencadeados a partir da morte de Perry (Alexander Skarsgard), empurrado de uma escada, no fim da primeira temporada, depois de agredir a mulher, Celeste (Nicole Kidman). Traumatizada com o evento, ela tenta voltar à rotina normal com os filhos, mas recorre a medicamentos e relações sexua

Narrativa de "Olhos que Condenam" provoca reflexão necessária sobre injustiça e preconceito

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Divulgação/Netflix A diretora Ava DuVernay sempre conseguiu imprimir intensidade e gerar reflexão com seus trabalhos. A primeira vez que fiquei impactado com a força de uma narrativa comandada por ela foi no filme "Selma", sobre um importante episódio da luta por direitos civis nos Estados Unidos. Depois, a cineasta impressionou com o documentário "13ª Emenda", que discutiu a forma como os negros são afetados por uma emenda da Constituição norte-americana. Como se não bastasse, Ava é, agora, a responsável por uma das melhores minisséries dos últimos tempos, "Olhos que Condenam", que emplacou 16 indicações ao Emmy 2019. Da mesma forma que nos trabalhos anteriores, a diretora e roteirista usa a realidade para criar uma narrativa poderosa sobre preconceito e injustiça. A minissérie, de apenas quatro episódios, se baseia no caso dos "Cinco do Central Park", adolescentes negros julgados e condenados por um crime que não cometeram, vítimas de ra

"Stranger Things" amadurece conflitos e sinaliza estar preparada para encerrar ciclo

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Divulgação/Netflix Quem acompanha com atenção e entusiasmo a "Stranger Things" viu a série, nos dois primeiros anos, se consolidar com um dos melhores entretenimentos produzidos nos últimos tempos para o gênero, que explora bem a nostalgia do espectador e referências da cultura pop para criar um produto divertido e digno de uma boa maratona. Por conta dessa trajetória, o melhor de assistir à terceira temporada da atração, já disponível na plataforma de streaming Netflix, é perceber o importante amadurecimento da história e como ela se coloca para o futuro. Os novos episódios se sustentam, basicamente, em dois eixos. O primeiro é a abordagem adotada para os protagonistas, que vivem uma transição da infância para a adolescência. Conscientes de que o elenco cresceu diante das telas, os criadores da série entenderam que não poderiam continuar retratando os personagens da mesma forma que nas temporadas anteriores e, por isso, providenciam conflitos condizentes com a faixa et