"Revolution" e mais uma catástrofe
Celular, computador, ferro de passar, geladeira, televisão. É impossível imaginar nossas vidas sem esses aparelhos e, consequentemente, sem eletricidade. Para os personagens de "Revolution", nova série que o canal NBC estreia nesta segunda-feira (17), nos Estados Unidos, a falta de energia elétrica é uma realidade.
A história começa em um mundo tal qual conhecemos, com todos os recursos a que estamos acostumados. De repente, um blackout desliga tudo e faz a energia elétrica desaparecer. Com ela, além dos aparelhos eletrônicos, os motores de carros e todas as outras facilidades da vida moderna param de funcionar.
O apagão pega todos de surpresa, menos o casal Ben (Tim Guinee) e Rachel Matheson (Elisabeth Mitchell), que parece saber o que causou a falta de energia. A trama dá um salto de 15 anos e, agora, as cidades foram tomadas por vastas vegetações e se transformaram em verdadeiras selvas. Ben cria os filhos Charlie (Tracy Spiridakos) e Danny (Graham Rogers) sem a presença da esposa, que foi morta pelas milícias, que ditam as regras dessa nova civilização.
Então, o capitão Tom Neville (Giancarlo Esposito) chega ao vilarejo em que os personagens vivem em busca de Ben, que acaba morto pelos milicianos, e de Miles (Billy Burke). Para compensar a falta deles, o capitão leva Danny para entregá-lo a Monroe (David Lyons), uma espécie de líder da milícia e que busca o segredo que acha que os irmãos possuem sobre o apagão. A partir disso, Charlie, acompanhada da madrasta Maggie (Anna Lise Phillips) e de Aaron (Zak Orth), segue em busca do tio em Chicago, que pode ajudá-los a resgatar Danny.
"Revolution" é mais uma série que, antes de estrear, já é apontada como uma sucessora de "Lost". Infelizmente, isso pode não trazer bons agouros. Outros produções como "Flashfoward" e "Alcatraz" também começaram assim e não passaram da primeira temporada. A comparação e o nome de J.J. Abrams, que é o produtor executivo, podem ser prejudiciais e não corresponderem às expectativas dos telespectadores.
A produção até que tem uma trama interessante, mas o primeiro episódio não prende. A história sempre deixa um gosto de "eu já vi isso antes", mas isso não é necessariamente um problema. O que pesa mesmo na série são o texto e as situações muito óbvias. Alguns segredos, como a vaga notícia da morte de Rachel, não empolgam. Outros detalhes, como a presença da personagem Grace (Maria Howell), que parece ter as informações sobre a volta da eletricidade, deixam "uma pulga atrás da orelha" do espectador.
Apesar do primeiro episódio, vou esperar o segundo capítulo de "Revolution" ainda com certo interesse. Mas, só quero dizer uma coisa para os roteiristas que pretendem entregar sinopses para os canais de televisão: Acho que já chega de séries "catástrofes", chega de buscar um sucesso como "Lost".
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