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Mostrando postagens de março, 2018

"American Crime Story" se aprofunda em assassino e perde força com "barriga" do roteiro

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Anunciada após uma bem sucedida temporada sobre o julgamento de O.J. Simpson, a antologia "American Crime Story" chegou à segunda temporada com o subtítulo "O Assassinato de Gianni Versace", mas, depois da exibição dos nove episódios da história, ficou claro que a escolha não faz jus ao foco central da narrativa. O famoso estilista, vítima do crime que abre a trama, é, na verdade, um mero coadjuvante diante de Andrew Cunanan, esse sim o personagem que move a temporada, que deveria, na verdade, ter sido chamada de "O Assassino de Gianni Versace". Foco central do episódio de estreia da temporada, Versace (Edgar Ramirez) vai, aos poucos, ficando de lado em um roteiro que procura mostrar a trajetória de Cunanan (Darren Criss) até o assassinato do estilista. Com uma narrativa não-linear, "American Crime Story" foca na personalidade doentia do criminoso, um mentiroso patológico com mania de grandeza, solitário e carente de afeto. Para isso, o rote

Abordagem rasa e texto didático fazem "O Mecanismo" falhar como dramaturgia e reflexão

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Os esquemas de desvios de dinheiro escancarados, nos últimos anos, no Brasil, revelaram operações extremamente organizadas e complexas para repasses irregulares de verbas públicas, formações de cartéis e envios de quantias astronômicas para o exterior. Toda essa complexidade, que espanta os brasileiros a cada nova revelação, passa longe de "O Mecanismo", produção brasileira que estreou a primeira temporada no Netflix. Criada por José Padilha e Elena Soárez, a série inspirada nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, chega ao serviço de streaming com a intenção de desvendar todas as engrenagens do "mecanismo" que movimenta a corrupção do país. Tudo isso, no entanto, só fica na intenção por conta da abordagem superficial do roteiro, que evita a complexidade dos esquemas e se rende ao didatismo para "dar uma aula" sobre o tema. "O Mecanismo" começa focando na rivalidade entre o delegado Marco Ruffo (Selton Mello) e o doleir

"How To Get Away With Murder" se torna menos dependente dos crimes e foca em personagens

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Desde a estreia, "How To Get Away With Murder" teve crimes no foco central da narrativa, que conduziram todos os aspectos da trama. Agora, no fim da quarta temporada, depois de muitas reviravoltas, a série pode dizer que, mesmo que continue com a temática presente, se libertou dessa "dependência" e pode finalmente se dedicar a outros elementos, como o desenvolvimento dos personagens. A quarta temporada, que terminou na semana passada, nos Estados Unidos, já começou a apostar mais no aprofundamento dos personagens. Por enquanto, isso ainda está muito restrito à protagonista, Annalise Keating (Viola Davis), que viveu uma intensa jornada pessoal ao longo dos episódios. Depois de quase perder a licença para advogar, enfrentar acontecimentos do passado e se envolver em uma relação conturbada com o terapeuta Isaac Roa (Jimmy Smits), que tinha seus próprios problemas, a protagonista fecha a temporada mergulhada nos problemas relacionados aos pais de Laurel (Karla Souz

Jornadas pessoais sustentam trama arrastada do segundo ano de "Jessica Jones"

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É curioso que as séries da Marvel do Netflix insistam em um erro em comum: todas já fizeram ou fazem uso de recursos para arrastar suas tramas, prolongando injustificadamente conflitos e resoluções apenas com o padrão de episódios estabelecido. Com exceção de "Defensores", todas já tiveram o mesmo problema, que faz com que o roteiro perca força e chegue desgastado ao final na temporada. O segundo ano de "Jessica Jones", lançado recentemente no serviço de streaming é o mais novo exemplo desse desgaste. A heroína na Marvel, que não convive bem com o rótulo, volta para a segunda temporada com uma nova proposta. Depois de se livrar da influência de Kilgrave (David Tennant), Jessica Jones (Krysten Ritter) e os demais personagens enfrentam vilões diferentes agora. Cada um deles está em sua própria jornada pessoal e trava uma luta contra medos, traumas, frustrações e situações inacabadas. De volta aos negócios, Jessica tenta restabelecer a rotina de investigadora

"Grey´s Anatomy" faz mais duas "vítimas" do elenco regular

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"Grey´s Anatomy" é conhecida, entre tantos motivos, pela rotatividade do elenco, afinal, a série está no ar há 14 temporadas. Nesse período, muitos atores pediram para deixar a produção e outros foram apenas tirados na trama pelos roteiristas. Agora, a criadora da atração, Shonda Rhimes, confirmou que mais duas atrizes do elenco regular vão deixar o hospital Grey Sloan Memorial. Jessica Chapshaw e Sarah Drew, que interpretam as médicas Arizona Robbins e April Kepner, só vão ficar na série até o fim da atual temporada. Nas redes sociais, Shonda disse que é muito difícil se despedir de personagens. A criadora também frisou que, além de amadas, Arizona e April são "icônicas", por representarem, respectivamente, a comunidade LGBT e os cristãos devotos, personagens ainda pouco representados na TV. A decisão dos produtores, apesar dos lamentos dos fãs, parece coerente para o bom aproveitamento dos personagens, algo que não estava ocorrendo com as duas. Com a saíd