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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

"La Casa de Papel" cai em armadilha do próprio roteiro e abusa da paciência do espectador

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A série espanhola "La Casa de Papel" pode ser considerada o mais recente fenômeno do serviço de streaming Netflix. Lançada sem muito estardalhaço, o suspense sobre um mirabolante assalto à Casa da Moeda da Espanha acabou ganhando muitos espectadores nos últimos tempos e logo passou a dominar os comentários dos espectadores de atrações do gênero, virando, inclusive, memes na internet. Foi esse burburinho que me fez começar a assistir aos treze episódios da primeira temporada, terminada, preciso dizer, com muito custo pouco antes de começar esse texto. Absurdo é a primeira palavra que me surge para descrever a série. E, não estou querendo com ela classificar o sucesso da série, que se tornou uma das mais vistas do catálogo do Netflix. "La Casa de Papel" é uma série absurda no pior sentido. No entanto, curiosamente, é justamente esse absurdo que, além de ser o pior defeito da produção, talvez possa ser considerada a única qualidade da atração, que deve ter a segun

Contratações de peso são armas do Netflix contra concorrência acirrada no streaming

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Ryan Murphy e Shonda Rhimes A crescente força da produção de conteúdo nos serviços de streaming parece um caminho sem volta, por mais que canais e estúdios de Hollywood tentem investidas contra o setor. Pensando nesse cenário o Netflix, por enquanto o mais famoso desse nicho, anunciou a contratação milionário do produtor, diretor e roteirista Ryan Murphy, que vai desenvolver conteúdos exclusivos para a plataforma a partir de julho, com o fim do contrato dele com a Fox. Murphy é um dos nomes mais conhecidos e festejados da televisão norte-americana, responsável por sucessos como "Glee" e "American Horror Story". A contratação dele representa mais um movimento do Netflix para se "armar" contra a concorrência do mercado. Isso porque, além do Amazon Prime, Hulu e do HBO GO, este último agora oferecido também para quem não é assinante de TV paga, o Netflix vai passar a enfrentar logo a plataforma de streaming da Disney, que promete, inclusive, retirar co

"Altered Carbon" desperdiça potencial apelando ao folhetim e perde tempo com tramas paralelas

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Dizem que a morte é a única certeza da vida, mas, no mundo futurista de "Altered Carbon", esse destino é praticamente improvável. A humanidade arrumou uma forma de driblar a morte e atingir a eternidade. Para isso, a consciência de uma pessoa é armazenada em um cartucho, implantado na coluna vertebral, que, assim como um HD externo, armazena memórias e informações para serem transferidos para outro corpo. O avanço permite que as pessoas vivam para sempre, apenas trocando de "capa", como são chamados os corpos, sempre que necessário. A única forma de morte real é se o cartucho que armazena as informações for danificado. Toda essa tecnologia, no entanto, tem um preço, o que faz com que os mais ricos sejam os maiores beneficiados. Às classes mais baixas, resta apenas a possibilidade de um acordo com os mais abastados e autoridades para conseguirem uma nova "capa", além, é claro, de rezar para não terem o cartucho danificado. A religião, aliás, também é