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Mostrando postagens de janeiro, 2016

"Amor & Sexo" presta serviço com entretenimento que prega respeito e quebra de tabus

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Divulgação/TV Globo Lançados em 2012, os dois volumes de "O Livro do Amor", escritos pela psicanalista Regina Navarro Lins, trouxeram uma análise sobre a história do amor, do sexo e dos relacionamentos ao longo de cinco mil anos, desde a Pré-História até os dias atuais. Neles, a psicanalista reflete sobre a forma como o afeto e as relações sexuais foram tratados pela sociedade em diversos períodos e, ao mesmo tempo, a autora traça um paralelo com a atualidade para mostrar de que formas esses pensamentos e comportamentos afetaram o jeito de nos relacionarmos com o sexo agora. Entre as diversas reflexões propostas, Regina sempre chama a atenção para a forma como o sexo é, geralmente, encarado pela sociedade, sendo tratado como "sujo", "vergonhoso", algo que não deve ser falado e cujo prazer deve ser "condenável", heranças essas incorporadas a partir de comportamentos antigos.  Por tudo isso, me parece importante que haja um espaço na televis

Personagens complexos dão tom da estreia de "Billions"

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Tornou-se uma tendência na televisão americana. Ao invés do tradicional maniqueísmo, as produções de dramaturgia têm apostado em personagens complexos, que surgem no centro de tramas e fogem dos habituais conceitos de "bem" e "mal". No último domingo (17), a TV ganhou mais um drama que procura aprofundar o entendimento sobre os tipos retratados pela história.  Em "Billions", produção do canal Showtime, somos convidados a mergulhar no mundo do mercado financeiro norte-americano e dos grandes investimentos. Em Nova York, o procurador de justiça Chuck Rhoades (Paul Giamatti) adota uma postura dura e incorruptível em suas ações. Para ele, não parece haver diferença no tratamento de traficantes das ruas ou dos geralmente intocáveis bandidos "do colarinho branco", presentes nos círculos influentes de Wall Street.  Marcado pelo fato de não ter perdido nenhum ação desde que assumiu o cargo, Rhoades é procurado para investigar os negócios de Bobby

Excesso de recato se contrapõe à sensualidade da trama de "Ligações Perigosas"

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Divulgação/TV Globo Além de ter uma história de qualidade, para que funcione e se comunique com o público, a forma como ela é apresentada é muito importante. Por isso, soa estranho que um enredo quando uma trama possui características marcantes, que são sublimadas pelo estilo imposto pela narrativa. Esse é, claramente, o caso da minissérie "Ligações Perigosas", que terminou nesta sexta-feira (15), na TV Globo.  Escrita por Manuela Dias, baseada na obra de Choderlos de Laclos, a história da minissérie se passava no Brasil dos anos 20 e era focada nos arriscados jogos de sedução entre Isabel (Patrícia Pillar) e Augusto (Selton Mello), confidentes e amantes desde a morte do marido dela. Acostumada a ter todos os seus caprichos atendidos, Isabel descobre que um de seus amantes, Heitor (Leopoldo Pacheco) desistiu do relacionamento para propor casamento a Cecília (Alice Wegmann), sua sobrinha. Ferida com a justificativa do ex-pretendente, que queria uma mulher mais jovem p

"Além do Tempo" termina sem a mesma força da primeira fase

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Divulgação/TV Globo Mesmo que inovadora, a tarefa da autora Elizabeth Jhin era árdua. Depois de uma ótima primeira fase, que se passava no século XIX e durou metade do folhetim, a novelista precisava arrumar uma forma de reconquistar a atenção do público, que seria apresentado, praticamente, a uma nova novela e personagens com características diferentes. Com a exibição do último capítulo, nesta sexta-feira (15), "Além do Tempo" mostrou que, mesmo conservando boas qualidades da primeira metade, sentiu os efeitos da decisão de criar uma "nova" história. A segunda fase da trama das 18 horas se passou no sul do Brasil, nos dias atuais, e voltou a contar a história de amor de Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso), que, 150 anos antes, tiveram seu romance interrompido por uma tragédia. Reencarnados, eles voltam a se encontrar e enfrentam rivalidades já conhecidas para ficarem juntos. Além das maldades da vilã Melissa (Paolla Oliveira), inconformada com o

Transformações sutis no fim de "Downton Abbey" deixam espectador ávido por continuidade da série

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A série inglesa "Downton Abbey" sempre baseou seus acontecimentos nas transformações pelas quais trabalhadores e aristocratas passaram a partir de 1912, com mudanças nos hábitos dos mais ricos e na ascensão dos mais pobres. Seis temporadas depois, a produção chega ao fim com um episódio que deixa as alterações definitivas dos personagens apenas insinuadas, deixando o espectador ávido por mais capítulos da história. Encerrando sua trajetória de sucesso em um já clássico especial de Natal, exibido na Inglaterra na noite de 25 de dezembro, "Downton Abbey" trouxe os desfechos dos habitantes, dos andares de cima e de baixo, da imponente propriedade britânica. Depois do final feliz de Lady Mary (Michelle Dockery), que se casou com Henry Talbot (Matthew Goode) e seguiu administrando as terras da família ao lado do cunhado, Tom (Allen Leech), foi a vez de Edith (Laura Carmichael) ter sua cota de felicidade preenchida na série. Depois de se afastar de Bertie (Harry Hadde