Mesmo com protagonista descaracterizada, "Gabriela" foi bom entretenimento
A adaptação de uma obra muito conhecida é sempre complicada e desafiadora. É difícil recriar um universo tão marcante e presente como, por exemplo, o de "Gabriela", romance do escritor baiano Jorge Amado já adaptado para a televisão e o cinema. O autor Walcyr Carrasco foi responsável pela versão mais recente do texto para a TV, cujo último capítulo foi ao ar na sexta-feira (26). Apesar das dificuldades e das referências fortes às outras adaptações, Carrasco superou bem o desafio, construindo uma trama divertida e interessante. Há, no entanto, um porém. Bom, antes de falar do ponto fora da curva, é melhor detalhar um pouco a história. Nacib (Humberto Martins) precisa de uma cozinheira que o ajude nos afazeres da casa e que prepare quitutes para o Vesúvio, bar de sua propriedade. De tanto buscar, ele encontra Gabriela (Juliana Paes), uma sertaneja que fugiu da seca e foi buscar ganhar a vida em Ilhéus. Apesar da aparência suja e simples, Nacib se encanta pela moça e a con