Na moral, está faltando discussão

É impossível julgar um programa que acabou de estrear e dizer se ele é um êxito ou um fracasso. Acredito que, depois de colocadas no ar, as atrações precisam de um tempo para se adequar e encontrar seu tom. Mesmo assim, vou me arriscar e falar sobre a estreia de "Na Moral", programa apresentado por Pedro Bial que estreou na quinta-feira (5).
"Na Moral" foi apresentado como um espécie de programa de debate, onde convidados discutiriam um tema específico. Na estreia, Bial recebeu a atriz Maria Paula, o jornalista Antônio Carlos Queiroz, o filósofo Luiz Felipe Pondé e o cantor Alexandre Pires. O tema em pauta era a influência do politicamente correto na sociedade.
Apesar do assunto interessante, a conversa entre os convidados não fluiu. O programa não conseguiu aprofundar a discussão e não saiu da superficialidade. Uma das coisas que prejudicou o debate e o andamento de "Na Moral" é, sem dúvida, o tempo de duração da atração. Um programa com esse formato necessita de um tempo maior para que a conversa entre entrevistador e entrevistados se desenvolva.
Outro problema do programa é que, por duas ou três vezes, o assunto principal foi interrompido para que fossem apresentados outros temas, como assédio moral e sexual. As pausas para outras discussões quebraram o ritmo de "Na Moral" e contribuíram para a falta de profundidade dos debates.
Esse foi só o primeiro programa e é muito cedo para dizer se "Na Moral" é bom ou ruim. A estreia, no entanto, deixou a impressão de que os temas e convidados precisam ser melhor aproveitados para que, assim, o papo flua. Por enquanto, na moral, o programa está precisando apostar nas discussões.

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