"Madam Secretary" é tradicional, mas desperta curiosidade

A política voltou a ser um tema recorrente e interessante para a televisão norte-americana. Washington é palco, atualmente, de algumas séries que estão no ar, como "Scandal" e "House of Cards" e, até mesmo, na comédia "Veep". Os corredores do poder na terra do Tio Sam ganharam um novo representante com a estreia de "Madam Secretary", que ocorreu em 21 de setembro nos Estados Unidos.
A série começa mostrando a vida comum de Elizabeth (Téa Leoni), uma professora universitária que abandonou uma carreira bem-sucedida de analista da CIA para se dedicar à vida acadêmica e, também, para estar mais próxima da família. Com a morte do secretário de Estado na queda de um avião, a protagonista recebe a visita do presidente Conrad Dalton (Keith Carradine), um antigo colega da CIA, e recebe o convite para assumir o cargo.
Após algum tempo, Elizabeth já é a "Madam Secretary" do título, mas ainda enfrenta desafios para se estabelecer no cargo. Acreditando poder fazer a diferença no governo, ela insiste em construir uma agenda de discussões que, muitas vezes, desconsideram certos ritos diplomáticos. Tendo que lidar com a preparação de um jantar para o rei da Suazilândia e suas dez esposas, a nova secretária de Estado precisa enfrentar, ainda, as dificuldades para libertar dois jovens americanos presos na Síria.
Querendo resolver os problemas a seu modo, Elizabeth se incomoda com a falta de acesso e confiança do presidente. Os obstáculos são colocados pela chefe do gabinete da presidência Russell Jackson (Zelijko Ivanek), que não concorda com os métodos utilizados pela nova integrante do governo.
As novidades do cargo também surgem com alguns mistérios para Elizabeth. Informada por um antigo amigo de que a morte de seu antecessor no cargo pode ter sido um assassinato, ela vê esse amigo ser assassinado por levantar suspeitas sobre uma conspiração política.
"Madam Secretary" é muito correta e tradicional no primeiro episódio, porém não apresenta surpresas ou grandes desfechos. O texto é bom, mas muito convencional. O enredo da estreia também pareceu muito raso, mas foi compatível com a escolha da narrativa da história, que privilegiou a apresentação dos personagens nesse início. 
Há bons atores no elenco, mas o grande destaque é mesmo Téa Leoni, que empresta à personagem as contradições que o papel exige.
Tradicional na narrativa, "Madam Secretary", apesar da falta de surpresas, desperta curiosidade, mas só vai se firmar como uma boa série com o passar dos episódios. Não fará mal, no entanto, se a trama apostar em conflitos mais sofisticados para que a secretária de Estado os resolva.

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