"Scandal" estreia última temporada mais focada em política e força da protagonista


Desde o início, "Scandal" sempre apresentou tramas que giraram em torno do universo de Olivia Pope (Kerry Washington). Todos os seis anos anteriores parecem ter servido como uma "escala" para o momento atual da série, que começou a anunciada sétima e última temporada com um foco maior ainda nas ações da protagonista, agora a principal força de poder na Casa Branca. Como não poderia deixar de ser, a política ocupou o lugar das conspirações e planos de espionagem e, mesmo sempre estando presente, ganhou importância ainda maior.
Agora como chefe de gabinete de Mellie (Bellamy Young), Olivia está disposta a provar que as diretrizes políticas dela são as que devem prevalecer em Washington. Em outras palavras: quer mostrar que ela dá as cartas. No primeiro episódio da nova temporada, todas as articulações da Casa Branca estão sendo feitas para aprovar, no Capitólio, um projeto que institui faculdade de graça para a população mais pobre do país. Para isso, Olivia não mede esforços para persuadir, inclusive com chantagem, os adversários da proposta. O agora vice-presidente Cyrus Beene (Jeff Perry) também é colocado em campo para agir pela aprovação da medida.
As demonstrações de poder de Olivia também envolvem o pai, Rowan (Joe Morton), que passa a ser vigiado de perto pela filha, e a antiga organização gerida por ele, o B-613. As funções da protagonista como nova Comandante são necessária, no episódio, para a tentativa de resgate de um espião da CIA, capturado em território inimigo. Contrariando os procedimentos anteriores da organização, Olivia insiste com Jake (Scott Foley) em um plano de resgate contestado até pela presidente, o que faz com que a protagonista aja para impor suas decisões.
Com a política sempre servindo de segundo plano para as conspirações e espionagens, "Scandal" demonstra, no primeiro episódio, interesse em falar mais sobre o tema, dando protagonismo a discussões relacionadas a articulações entre as principais lideranças políticas. O comando de duas mulheres nas principais cadeiras da Casa Branca também pode render bons conflitos.
Os roteiristas também chegaram a um ponto interessante da trajetória de Olivia Pope. Depois de passar por momentos que iam de amante do presidente a pretensa primeira-dama, a protagonista fez escolhas radicais e chega, agora, ao ápice tentando impor suas vontades. Olivia parece disposta a mostrar que o universo dela vai curvar a política de Washington, assumindo todos os riscos para isso.
Como já anunciado na imprensa norte-americana, "Scandal" promete acabar no topo e tem todas as condições de fazer isso, se souber explorar bem os conflitos políticos que se apresentam e o protagonismo ainda mais evidente de Olivia Pope.

SCANDAL (sétima e última temporada)

ONDE: ABC (Estados Unidos) e Sony (Brasil; ainda sem data oficial de estreia)

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