E foram felizes para sempre

Não há outro jeito de terminar um conto de fadas. Em uma história assim, todos esperam o final feliz e foi isso que "Cordel Encantado" apresentou no último capítulo, exibido nesta sexta-feira (23).
O conto de fadas arretado do horário das 18 horas trouxe a paz do casal Jesuíno (Cauã Reymond) e Açucena/Aurora (Bianca Bin), depois de muita luta contra as armações do vilão Timóteo (Bruno Gagliasso). Jesuíno, aliás, foi coroado rei de Seráfia, mas abdicou do trono em favor do rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia), que terminou ao lado de Maria Cesária (Lucy Ramos), a gata borralheira da trama.
Eleições também marcaram o último capítulo da trama de Thelma Guedes e Duca Rachid. O príncipe Felipe (Jayme Matarazzo) foi eleito prefeito de Brogodó, estimulado pela esposa Doralice (Nathália Dill). Depois de uma aventura amorosa com o facínora Zóio-Furado (Tuca Andrada), Ternurinha (Zezé Polessa) voltou para os braços do marido Patácio (Marcos Caruso). O casal, aliás, foi responsável pelos melhores momentos de comédia da novela. O bando de cangaceiros do capitão Herculano (Domingos Montagner) levantou acampamento e seguiu viagem para outro canto do sertão. O rei do cangaço terminou com Bemvinda (Cláudia Ohana). Os outros personagens e casais da trama também caminharam para seus respectivos finais felizes.
"Cordel Encantado" teve um último capítulo dividido em duas partes. Já na quinta-feira (22), as autoras resolveram grande parte dos conflitos da novela. Timóteo foi morto pelo incêndio que provocou em Vila da Cruz. A duquesa Úrsula (Débora Bloch) também morreu para defender Herculano. Nicolau, comparsa da duquesa, foi preso, mas acabou como mordomo de Lilica (Nanda Costa), que virou atriz. A surpresa do último capítulo foi parecer que a história ia começar de novo, já que um novo coronel (participação de Caco Ciocler) apareceu para ameaçar o povo de Brogodó e Vila da Cruz.
O texto de "Cordel" era carregado no humor. Além do casal Patácio e Ternurinha, a comédia da novela ficou por conta do delegado Batoré (Osmar Prado) e do menino Nidinho (João Fernandes). O enredo do folhetim também merece destaque, afinal, não é qualquer um que consegue juntar a realeza europeia e o sertão nordestino. O elenco estava todo muito bem e vários atores coadjuvantes roubaram a cena.
"Cordel Encantado" foi uma grata surpresa e a prova de que o faz de conta pode ser um ótimo ingrediente para as novelas. Os folhetins de hoje estão muito acostumadas a tentar retratar a realidade e se esquecem que a ficção também tem lugar nos folhetins. Que venham outras fábulas como essa, que conseguiu abrasileirar os contos de fadas dos príncipes e princesas, afinal, nunca antes houve uma história do gênero que terminasse ao som de um forró.

Comentários

  1. Sem dúvida, uma grata surpresa no horário das seis e, por isso mesmo, impossível de acompanhar. Mas o pouco que vi, amei. Vai pra minha lista de melhores! A morte e volta à vida de Açucena me fez chorar horrores e respeitar muito esse Cauã. Sobre a comédia, realmente a mulher do prefeito era impagável, mas Heloisa Perissé foi mto divertida como como a irmã do delegado solteirona. Parabéns pelo blog e pelos textos..tem uma fã! ;)

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