Protagonistas carismáticas disfarçam falhas e repetições no roteiro de "Good Girls"

A construção de personagens complexos e menos próximos da perfeição se tornou popular na indústria do entretenimento, especialmente no universo das séries. A ascensão dos anti-heróis ganhou mais popularidade com Tony Soprano, o protagonista de "The Sopranos", no fim da década de 90, e chegou ao ápice com Walter White, em "Breaking Bad". Em "Good Girls", lançada no serviço de streaming Netflix, a intenção evidente era levar esse tipo de complexidade para personagens inseridos em uma comédia e, em parte, isso é atingido pelo carisma das protagonistas, que até consegue maquiar falhas que impedem a produção de ir além. "Good Girls" traz a história de três mulheres da classe média norte-americana que enfrentam dilemas pessoais que sempre esbarram em um elemento comum: dinheiro. A primeira é a dona de casa Beth (Christina Hendricks), que vive um casamento em piloto automático e uma rotina preenchida pelas necessidades domésticas e dos filhos. A de...