Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Antônio Fagundes

"Bom Sucesso" é um alívio aos textos pobres e repetições do gênero

Imagem
Divulgação/TV Globo Para um entusiasta da telenovela, como eu, não tem sido fácil ficar preso a um folhetim nos últimos tempos. De uma forma geral, a maioria das obras no ar atualmente vive de repetições e textos pobres, que subestimam e até desrespeitam o telespectador, contribuindo, inclusive para que o público migre para outras formas de entretenimento e plataformas. Em meio a tudo isso, é um alívio assistir "Bom Sucesso", um oásis no deserto das atuais opções desestimulantes. Escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, a novela das 19 horas da TV Globo busca inspiração no mundo dos livros para contar a história de Paloma (Grazi Massafera), uma costureira apaixonada por leitura e que deixou para trás os estudos para cuidar dos filhos. A mais velha, Alice (Bruna Inocêncio), nasceu quando a protagonista ainda era uma adolescente, fruto de um relacionamento com Ramon, que foi embora do Brasil para tentar uma carreira como jogador de basquete nos Estados Unidos. Paloma te...

Velho Chico eleva padrão do gênero e se firma como um grande folhetim da TV

Imagem
Divulgação/TV Globo Foram, no mínimo, impecáveis os últimos capítulos de "Velho Chico", novela de Benedito Ruy Barbosa com direção de Luiz Fernando Carvalho. De fato, o adjetivo "impecável" é um dos mais recorrentes para classificar a atual trama das 21 horas da TV Globo que, é bem verdade, não conquistou definitivamente as atenções do público do horário e, já passada mais da metade de sua duração, dificilmente o fará.  Repleta de clichês folhetinescos, "Velho Chico" consegue, mesmo utilizando ganchos e tramas recorrentes do gênero, cativar pelo belo tratamento dado ao produto. O texto de Barbosa é um dos mais ricos da trajetória do autor na televisão e não são raros os capítulos que não tenham, pelo menos, um diálogo marcante ou emocionante. Soma-se a isso a postura do diretor artístico da trama, que sempre trabalha como um co-criador e imprime sua estética caprichosa, fugindo da tradicional função de apenas cumprir o que diz o texto. Desde o i...

Bons momentos finais não escondem falhas de "Amor à Vida"

Imagem
César e Félix: aceitação no fim Qualidade e audiência andam de mãos dadas? "Amor à Vida", primeira novela de Walcyr Carrasco no horário das 21 horas, mostrou que uma trama problemática e irregular pode cair nas graças do público, apesar de tudo. Segurando a audiência em frente à TV, os personagens carismáticos seguraram a novela e fizeram do folhetim um sucesso de público e nas redes sociais, recuperando uma parte da audiência perdida do horário nobre global. Mesmo assim, foi impossível ignorar as reviravoltas inverossímeis da trama, o texto didático e declamado do autor e o mau aproveitamento de personagens. No último capítulo, a vilã Aline (Vanessa Giácomo) decidiu revelar a César (Antônio Fagundes) seu plano de vingança contra ele. Instigado com as revelações da mulher, César descobre que a ex-esposa Pilar (Susana Vieira) foi a responsável por provocar o acidente que matou a mãe de Aline e lesionou Mariah (Lúcia Veríssimo), a amante de César e mãe biológica da mocin...

Amor aos exageros

Imagem
Pronto, agora não falta mais nada. Na última semana, a trama de "Amor à Vida", novela das 21 horas da TV Globo, ganhou ares de outro mundo. Com a morte de Nicole (Marina Ruy Barbosa), logo após o casamento dela com Thales (Ricardo Tozzi), a novela conta, agora, com o fantasma da jovem, que promete assombrar a vida do noivo golpista e de Leila (Fernanda Machado), a ambiciosa comparsa de Thales no plano de roubar a fortuna de Nicole. A trama da "noiva-cadáver" é só mais uma das muitas que o autor, Walcyr Carrasco, reserva para a novela que, há pouco mais de dois meses no ar, possui um ritmo frenético de ganchos e reviravoltas. Traições, revelações, abandono de bebê, maternidade, doenças, erros médicos, amor impossível e diversos outros temas já foram abordados. E a trama nem chegou no capítulo 100. Mas, será que tanto assunto é garantia de qualidade e agilidade do folhetim? "Amor à Vida" começou contanto a história do amor inesperado e proibido de Pal...

Mesmo com protagonista descaracterizada, "Gabriela" foi bom entretenimento

Imagem
  A adaptação de uma obra muito conhecida é sempre complicada e desafiadora. É difícil recriar um universo tão marcante e presente como, por exemplo, o de "Gabriela", romance do escritor baiano Jorge Amado já adaptado para a televisão e o cinema. O autor Walcyr Carrasco foi responsável pela versão mais recente do texto para a TV, cujo último capítulo foi ao ar na sexta-feira (26). Apesar das dificuldades e das referências fortes às outras adaptações, Carrasco superou bem o desafio, construindo uma trama divertida e interessante. Há, no entanto, um porém. Bom, antes de falar do ponto fora da curva, é melhor detalhar um pouco a história. Nacib (Humberto Martins) precisa de uma cozinheira que o ajude nos afazeres da casa e que prepare quitutes para o Vesúvio, bar de sua propriedade. De tanto buscar, ele encontra Gabriela (Juliana Paes), uma sertaneja que fugiu da seca e foi buscar ganhar a vida em Ilhéus. Apesar da aparência suja e simples, Nacib se encanta pela moça e a con...

"Vale Tudo": reflexões sobre ética e a falta dela

Imagem
Terminou. Leila (Cássia Kiss) matou Odete Roitman (Beatriz Segall), fugiu do país com o marido Marco Aurélio (Reginaldo Faria), que havia desviado uma quantia milionária da empresa em que trabalhava e, ainda, deu uma "banana" para o Brasil assim que o avião decolou. A reprise de "Vale Tudo", que teve seu último capítulo exibido nesta quinta-feira (14), no canal Viva, ficou marcada por todos esses desfechos citados. Para mim, mais do que isso, "Vale Tudo" ficou marcada por ser uma novela que trata de ética e moral o tempo todo. Será que a ética de uma pessoa que "molha" a mão de um guarda, para se livrar de uma multa, é a mesma de uma pessoa que dá um desfalque em uma grande empresa? Ou será que infração é infração, não importa a gravidade do delito? Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, autores da trama, criaram Ivan (Antônio Fagundes) com a função de fazer o telespectador pensar sobre ética no último capítulo. Enquanto que Marco Au...

"O Rei do Gado" completa 15 anos da primeira exibição

Imagem
O horário nobre da TV Globo começou a abrigar, em 17 de junho de 1996, a disputa entre as famílias dos Berdinazi e dos Mezenga. Hoje, exatamente 15 anos depois, "O Rei do Gado" comemora essa marca com um reprise no canal Viva. Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a trama da novela começa nos anos 40, com a rixa entre os fazendeiros Giuseppe Berdinazi (Tarcísio Meira) e Antônio Mezenga (Antônio Fagundes). Os dois brigam pela posição de uma cerca que divide as fazendas das duas famílias. Em meio a essa guerra, Giovanna (Letícia Spiller) e Enrico (Leonardo Brício), filhos de Giuseppe e Antônio, respectivamente, se apaixonam e tornam a briga das famílias ainda mais intensa. Para viverem juntos, os apaixonados decidem fugir e começar a vida juntos longe dali.  Enquanto que o casal Antônio e Nena Mezenga (Vera Fisher) aceita o casamento de Enrico com Giovanna, Giuseppe e os filhos Geremias (Caco Ciocler) e Giácomo (Manoel Boucinhas) alimentam ainda mais esse ódio, fazendo sofrer Marie...