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Conflitos da maternidade agregam reflexões sobre racismo e privilégios em "Little Fires Everywhere"

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Divulgação/Hulu A maternidade, das alegrias aos dilemas provocados por ela, é uma tema recorrente em histórias, especialmente nas melodramáticas, cuja influência tem aparecido com mais frequência em diferentes produtos audiovisuais. Bebendo dessa fonte, a minissérie "Little Fires Everywhere" explora conflitos entre mães e filhos, mas acrescenta outros ingredientes a essa mistura, provocando reflexões sobre racismo, respeito às diferenças e privilégios. Em oito episódios, a produção, disponibilizada na Amazon Prime Video, é baseada no livro de mesmo nome de Celeste Ng e ambientada na década de 90, em Shaker Heights, no estado norte-americano de Ohio. A comunidade se orgulha dos padrões estabelecidos para a vida no local, difundindo exemplos e regras em panfletos, além de produzir fitas cassetes com orientações para os novos moradores. Tudo parece perfeito, mas, por trás desse verniz, ficam escondidos preconceitos e outras atitudes que excluem os que não se encaixam naque...

Narrativa de "Olhos que Condenam" provoca reflexão necessária sobre injustiça e preconceito

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Divulgação/Netflix A diretora Ava DuVernay sempre conseguiu imprimir intensidade e gerar reflexão com seus trabalhos. A primeira vez que fiquei impactado com a força de uma narrativa comandada por ela foi no filme "Selma", sobre um importante episódio da luta por direitos civis nos Estados Unidos. Depois, a cineasta impressionou com o documentário "13ª Emenda", que discutiu a forma como os negros são afetados por uma emenda da Constituição norte-americana. Como se não bastasse, Ava é, agora, a responsável por uma das melhores minisséries dos últimos tempos, "Olhos que Condenam", que emplacou 16 indicações ao Emmy 2019. Da mesma forma que nos trabalhos anteriores, a diretora e roteirista usa a realidade para criar uma narrativa poderosa sobre preconceito e injustiça. A minissérie, de apenas quatro episódios, se baseia no caso dos "Cinco do Central Park", adolescentes negros julgados e condenados por um crime que não cometeram, vítimas de ra...

"Amor & Sexo" preenche lacuna importante e abre temporada com debate sobre respeito

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Divulgação/TV Globo É interessante parar e observar a evolução do programa "Amor & Sexo", que estreou, nesta terça-feira (9), uma nova temporada. Comandada por Fernanda Lima, a atração começou como um despretensioso game show com a intenção de falar sobre sexualidade. Aos poucos, o formato foi deixando os temas menos rasos, recorrendo a profissionais e representantes de grupos ou classes para expandir o "campo de visão" e, já há algum tempo, assumiu a função de discutir tabus e preconceitos com leveza, mas sem pudores. Na estreia da nova temporada, o programa mostrou que deve ampliar ainda mais as discussões e preencher uma lacuna importante na televisão aberta brasileira: dar voz ao respeito às diferenças; fazer com que os mais variados tipos de pessoas, especialmente aqueles que não são retratados na TV, sejam ouvidos; e continuar discutindo sexualidade de forma clara e aberta. O primeiro programa do novo ano da atração trouxe um protesto musicado por...

Em tempo de atrações vazias, "Amor & Sexo" mostra que pode fazer mais do que entreter

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Televisão é essencialmente entretenimento. Seus produtos, como novelas, reality shows e programas de auditório, são pensados para proporcionar diversão aos espectadores que se reúnem na sala. Mas, não precisa ser só isso. Conteúdo e mensagem, sob o pretexto de que não dão audiência, são itens raros, especialmente, nas grades de programação das emissoras de TV aberta. Na última quinta-feira (26), a estreia da nova temporada de "Amor & Sexo" reforçou que pode ser "um ponto fora da curva" e estabelecer discussões e diálogos interessantes com o público. Já falei sobre o programa comandado por Fernanda Lima em outros textos por aqui e como acho importante que uma atração de TV aberta fale tão livremente sobre temas tão relevantes, mas que ainda são encarados como tabus. A atração já debateu, sem pudores ou preconceitos, sobre orgasmo, identidade de gênero, fetiches e mais uma dezena de assuntos semelhantes. Se não me falha a memória, porém, foi neste primeiro ...

As declarações de um deputado mal escolhido pelo povo

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O programa "Custe o que Custar" (CQC), da Band, apresentou, nesta segunda-feira (28), mais uma de suas entrevistas no quadro "O Povo Quer Saber". Estou errado, não foi só mais uma entrevista. Talvez tenha sido a mais repugnante dos últimos tempos. O entrevistado da vez foi o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), e ele deu um show. Um show de arrogância, de preconceito, de ignorância. No mínimo, absurdos os comentários que o "nobre" deputado proferiu sobre negros, homossexuais e, até, sobre a reação que teria se descobrisse um filho fumando maconha. Fiquei enojado com as respostas de Bolsonaro e, se sempre questionamos a capacidade da população em escolher seus representantes políticos, tive a certeza de que o povo precisa aprender a escolher melhor nas urnas. Ficaria com vergonha de ser eleitor de um sujeito como esse. Esse quadro do CQC deveria ser aplicado a todos os políticos antes das eleições, para que o povo não corresse o risco de escolher um candidato ...