Narrativa ousada de "Justiça" precisa virar hábito na TV aberta brasileira
Divulgação/TV Globo Quando fazemos uma comparação entre as séries de televisão norte-americanas e as brasileiras, percebemos uma clara diferença nos estilos de narrativas. Por aqui, os autores ainda estão muito habituados ao gênero da telenovela e, por isso, ainda há uma distância para alcançar a qualidade dos roteiros mais curtos e complexos. "Justiça", série que a TV Globo terminou de exibir nesta sexta-feira (23), foi um imenso passo para que a nossa televisão aberta possa alcançar um padrão semelhante de qualidade. Escrita por Manuela Dias, a série se mostrou um acerto em muitos sentidos. O primeiro é a narrativa em si, que trouxe quatro tramas independentes, que acabam se cruzando por detalhes, ações ou personagens. A cada dia da semana, exceto às quartas-feiras (dia de futebol na grade da emissora), um protagonista mostra como foi afetado pela justiça (ou pela ausência dela). O fio condutor da história está relacionado às prisões de Vicente (Jesuíta Barbosa), F