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Mostrando postagens de setembro, 2016

Narrativa ousada de "Justiça" precisa virar hábito na TV aberta brasileira

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Divulgação/TV Globo Quando fazemos uma comparação entre as séries de televisão norte-americanas e as brasileiras, percebemos uma clara diferença nos estilos de narrativas. Por aqui, os autores ainda estão muito habituados ao gênero da telenovela e, por isso, ainda há uma distância para alcançar a qualidade dos roteiros mais curtos e complexos. "Justiça", série que a TV Globo terminou de exibir nesta sexta-feira (23), foi um imenso passo para que a nossa televisão aberta possa alcançar um padrão semelhante de qualidade. Escrita por Manuela Dias, a série se mostrou um acerto em muitos sentidos. O primeiro é a narrativa em si, que trouxe quatro tramas independentes, que acabam se cruzando por detalhes, ações ou personagens. A cada dia da semana, exceto às quartas-feiras (dia de futebol na grade da emissora), um protagonista mostra como foi afetado pela justiça (ou pela ausência dela). O fio condutor da história está relacionado às prisões de Vicente (Jesuíta Barbosa), F

Desfecho de Escobar em "Narcos" é marcado por muita ação e trama que demora a engrenar

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O que fazer quando o desfecho de uma série já é amplamente conhecido pelo mundo? Como manter a curiosidade dos espectadores? Bom, o mínimo que deve acontecer é manter a qualidade "lá no alto". Sim, Pablo Escobar morre na segunda temporada de "Narcos", disponibilizada pelo Netflix na semana passada. Mas, isso não é o que mais importa na série. O cerco a um dos maiores narcotraficantes do mundo e os efeitos da anunciada morte são os destaques da produção, que, por outro lado, acaba sofrendo com problemas no roteiro logo no início. O aguardado segundo ano de "Narcos" começa a partir da fuga de Escobar (Wagner Moura) de "La Catedral", a prisão que abrigou o traficante por um período. A situação faz com que ele e sua família passem a se esconder nas várias propriedades do império do criminoso. À princípio, Escobar mantém uma postura petulante em relação ao governo e a polícia, confiando na população de Medellín e nos sicários para fazerem sua re