Zapeando em 2012 - Séries

Nesta época do ano, é comum surgirem especiais na televisão, jornais ou internet para relembrar 2012, que está chegando ao fim. E, já que o assunto aqui é TV, vamos começar a relembrar o que foi destaque no universo televisivo e, também, o que é melhor não assistir mais. Comecemos com o viciante mundo das séries.

PONTO DE AUDIÊNCIA

- Downton Abbey: A série inglesa sobre a vida da aristocracia no início do século XX conquistou o mundo e mostrou ao público a qualidade do texto e da produção britânica. As reviravoltas na vida dos Crawley e de seus empregados, tendo como pano de fundo acontecimentos históricos como a Primeira Guerra Mundial, prendem a atenção do espectador. As interpretações de Maggie Smith e Hugo Bonneville são destaques na trama. Mesmo cercada por incertezas para a próxima temporada, "Downton Abbey" é uma das melhores séries da TV.

 
- (FDP): Produzida pela Pródigo Filmes e exibida pela HBO, a série brasileira aborda o universo do futebol a partir de um ponto de vista incomum: o do juiz. Eucir de Souza interpreta o árbitro Juarez da Silva, que sonha em chegar ao ponto máximo da carreira e apitar uma Copa do Mundo. Enquanto isso não acontece, ele se desdobra entre a profissão e os problemas com a ex-mulher. O bom roteiro mostra que, mais difícil do que ser juiz, é ser mãe de juiz.

- The Newsroom: Também levada ao ar pela HBO, a série mostra a rotina de uma equipe de jornalistas que trabalha arduamente para levar o melhor conteúdo para o espectador do The News Night, telejornal do fictício canal ACN. Sob o comando de Will McAvoy (Jeff Daniels) e Mackenzie McHale (Emily Mortimer),  esses profissionais vivenciam as dores e delícias da carreira, tentando priorizar sempre o bom jornalismo.

 
- The Good Wife: A advogada Alicia Florrick (Julianna Margulies) continua mostrando que é uma excelente profissional e que, ao mesmo tempo, pode cuidar da família e resolver os problemas com o ex-marido Peter (Chris Noth). Quem não está tendo sossego nesta temporada é a investigadora Kalinda (Archie Panjabi), que precisa arrumar um jeito de se livrar do perigoso ex-marido. "The Good Wife" continua sendo uma série sustentada pelo ótimo texto e pela interpretação dos atores. Também está entre as melhores da TV e mostra fôlego para continuar sendo por um bom tempo.
 
- Sessão de Terapia: Originada a partir da série israelense BeTipul, "Sessão de Terapia" é a versão brasileira da história, que também já foi adaptada nos Estados Unidos com o nome de "In Treatment". Em seu consultório, o psicanalista Théo (ZéCarlos Machado) recebe e trata diferentes pacientes a cada dia da semana. Com problemas no casamento e se deixando levar pelos questionamentos dos pacientes, ele busca a ajuda de Dora (Selma Egrei), sua orientadora, para colocar suas questões no divã. Dirigida por Selton Mello, a série é simples e muito hipnotizante. Mérito do texto, que garantiu uma segunda temporada da trama no GNT.

- Once Upon A Time: Revisitando os contos de fada e brincando com a imaginação do espectador, a série é um dos sucessos da televisão mundial. Depois de acabar com a maldição da Rainha Má (Lana Parrilla), Emma (Jennifer Morrison) viaja com a mãe, Branca de Neve (Ginnifer Goodwin), para o mundo da fantasia e lá procura uma maneira para voltar a Storybrooke. O problema é que ela precisa deter o Capitão Gancho (Colin O´Donogheue) e a bruxa Cora (Barbara Hershey), que também desejam ir para o mundo real.
 
- Revenge: Emily Thorne (Emily VanCamp) e seu desejo de vingança contra a família Grayson fazem de "Revenge" uma série imperdível. A cada episódio, a vingadora mexe uma peça de seu tabuleiro para destruir todos que prejudicaram seu pai. A chegada da mãe da protagonista, que ela jurava estar morta, mexeu com o início da segunda temporada, no ar atualmente. Em clima de novelão, a série é perfeita para quem gosta de tramas cheias de reviravoltas e personagens dúbios. Vale a pena.
 
- Game Of Thrones: A batalha pelo trono de ferro de Westeros continua cada vez mais sangrenta e difícil. A segunda temporada de "Game Of Thrones" trouxe novos dilemas e ganchos para a série. Em um jogo de poder e influência, os Starks, Lannisters e os Targaryens não medem esforços para governar o reino. O problema maior é que esse é um jogo de muitas peças, sendo que algumas são imprevisíveis. Baseada na série de livros "As Crônicas de Gelo e Fogo", a série deixou os fãs ansiosos pela terceira temporada, que começa em março.
 
- O Brado Retumbante: Apesar de ficcional, a série trouxe para a TV assuntos comuns a todos que acompanham os noticiários. Poder, esquemas de corrupção, politicagem, ética e a falta de escrúpulos de muitos políticos brasileiros cercaram o mandato do honesto presidente Paulo Ventura (Domingos Montagner), obrigado a assumir a presidência do país após um acidente com o titular do cargo. Mesmo "sem qualquer compromisso com a realidade", "O Brado Retumbante" ecoou fundo no universo político brasileiro.
 

TROQUEI DE CANAL
 
- Revolution: A NBC quis produzir uma série sobre uma catástrofe mundial provocada pela falta de energia elétrica no planeta, que faz com que todos os produtos e eletrônicos que conhecemos deixem de funcionar. Com o blackout, as pessoas passam a viver em verdadeiras selvas, governados por milícias. Apesar da trama promissora, "Revolution" se mostrou uma série sem grandes atrativos e com uma trama óbvia demais.
 
- As Brasileiras: Originada a partir de "As Cariocas", a série não conseguiu repetir os êxitos da primeira. Apesar de alguns bons episódios, "As Brasileiras" foi muito desregular e trouxe também histórias bobas e desinteressantes. A queda na qualidade dos textos e nas narrações de Daniel Filho, inspiradas em "As Cariocas", era muito perceptível e as paisagens brasileiras dos locais em que se passavam as histórias não eram bem exploradas. Não convenceu.
 
- Anger Management: A saída conturbada de "Two And A Half Men" levou Charlie Sheen ao papel em "Anger Management". Aqui, Sheen é um psiquiatra que realiza terapias de grupo para pessoas que não conseguem controlar a raiva. Ele tenta, ainda, administrar os problemas com a ex-mulher e a relação com a filha. Trazendo características da vida do ator para o personagem, a série tem um problema fatal para as comédias: não tem nenhuma graça.
 
- Beauty And The Beast: Remake da série homônima da década de 80, "Beauty And The Beast" apresenta a história de uma detetive que acredita ter sido salva por uma misteriosa criatura na adolescência. Quando começa a investigar um crime, as pistas a levam até este homem, que se transforma em uma fera quando está com raiva. Com uma história modernizada e cercada de ação, "Beauty And The Beast" é uma série entediante, com enredo e personagens fracos. E aquela fera não convence nem um pouco.

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