"Madam Secretary" mantém regularidade da história na volta para o segundo ano

Estamos presenciando uma era fértil da televisão americana, especialmente quando falamos das séries. Há atrações de todos os tipos, para os mais variados gostos. Há zombies, policiais, bombeiros, personagens infantis, bandidos, aristocratas, nerds, super-heróis, políticos e por aí vai. Com tantas produções, muitas de ótima qualidade, como fazer, então, para conquistar espaço junto ao público? Para algumas delas, a resposta parece ser a regularidade. É o caso de "Madam Secretary", drama político que começou de forma modesta, mas com um trama bem apresentada, e que chega a sua segunda temporada mantendo as características que lhe garantiram permanência na concorrida grade de canais norte-americano.
Na estreia do segundo ano, que foi ao ar na semana passada, nos Estados Unidos, a secretária de Estado Americano Elizabeth McCord (Téa Leoni) está às voltas com um evento diplomático de crucial importância para a terra do Tio Sam. Enquanto isso, o vice-presidente também está ocupando com chefes de estado, que foram ao país para um fórum econômico. A hospitalidade do segundo no comando da nação, no entanto, é interrompida por uma doença, que o deixa impossibilitado de exercer suas funções.
Em uma viagem com destino ao velório do primeiro-ministro australiano, o avião do presidente Conrad Dalton (Keith Carradine) perde comunicação com o governo, o que alarma o chefe do gabinete presidencial Russell Jackson (Zeljko Ivanek) e faz com que medidas sejam tomadas para a verificação de que a falta de contato com a aeronave não é parte de um atentado com o presidente.
Com o desaparecimento do presidente e da impossibilidade do vice em assumir o cargo, constitucionalmente, um senador deve comandar a Casa Branca. Só que, no caso, o designado para o posto também não se encontra em condições, por conta de problemas mentais. Isso posto, a próxima na linha de sucessão torna-se Elizabeth.
Após o juramento, a presidente interina precisa lidar com o peso de suas novas atribuições e, ainda, comandar a abordagem ao avião presidencial.
Dramas políticos, em geral, dependem de histórias inteligentes e interessantes, que guardem reviravoltas diplomáticas e, algumas vezes, bélicas mirabolantes, o que não falta a "Madam Secretary". Focada no Deparamento de Estado Americano, a série consegue reservar bons incidentes entre nações para movimentar os episódios. O humor, presente em alguns personagens, como na equipe da secretária, funciona como um bom escape para a parte séria da história. O único problema é que a atração pode ficar desgastada ao continuar insistindo em focar sua trama central em conspirações contra a presidência, como ocorreu na primeira temporada. Uma aposta em outro tipo de argumento talvez fosse mais interessante para esta nova temporada.
"Madam Secretary" é uma das produções da televisão norte-americana que, mesmo não sendo uma das melhores ou recebendo grande atenção do público, consegue se manter no ar pela história regular, mas muito bem contada, mesmo que não tenha estreado seu segundo ano com um argumento original. Até quando ela vai conseguir manter essa regularidade? Isso só o caminhar dos episódios vai dizer. 

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