Épocas diferentes, mas a risada é a mesma


Enrico, meu primo de seis anos, chegou para o almoço na casa dos meus avós e, vendo a televisão ligada, logo disse: "Oba, Didi!" Sim, era o Didi que estava no ar. Talvez não fosse o Didi que eu tive a oportunidade de ver, no final da carreira d´Os Trapalhões, mas era o Didi.
Eis que o programa, agora chamado de "As Aventuras do Didi", decide reprisar um dos momentos mais marcantes do quarteto formado por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. No quadro, Renato Aragão interpreta Terezinha, mulher que aguarda os pretendentes na música de Chico Buarque cantada por Maria Bethânia. Nesse momento, Enrico soube, mesmo sem se dar conta disso, quem eram Os Trapalhões. Uma barreira de tempo foi rompida e ele pôde rir com aquele quadro. Riu como se estivesse vendo o Didi de hoje.
O fato é que, mesmo sendo criticado e acusado de fazer um humor sem graça para os dias de hoje, Renato Aragão conseguiu fazer duas gerações diferentes rirem ao mesmo tempo. Depois desse momento "Túnel do Tempo", o programa voltou com seus quadro atuais. E Enrico continuou dando risada.

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